terça-feira, 28 de abril de 2009

Comunicado sobre a proibição da marcha em João Pessoa

O Coletivo Marcha da Maconha de João Pessoa lamenta a decisão da 8ª Vara Criminal de proibir a nossa manifestação pacífica, desarmada e democrática.

Informamos que já existem dois Habeas Corpus impetrados em favor de nosso direito constitucional de livre manifestação do pensamento e reunião. O mais recente foi distribuído hoje, na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, ao desembargador Antonio Carlos Coelho da França, que será o relator.

Comunicamos também que, caso até o dia 03/05 não haja sido revogada a decisão judicial que proíbe a Marcha, esta estará adiada para o dia 31/05, e se necessário for será novamente adiada até que seja julgado em definitivo o Habeas Corpus e a sentença transite em julgado.

Temos a certeza que o Poder Judiciário acabará por garantir o nosso direito de realizar a Marcha da Maconha em João Pessoa, e fará valer a liberdade que não é só nossa, mas de todo o povo da Paraíba e do Brasil.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

CARTA DE APRESENTAÇÃO A SOCIEDADE PARAIBANA

CARTA DE APRESENTAÇÃO A SOCIEDADE PARAIBANA


O Coletivo Paraibano da Marcha da Maconha é um grupo independente formado por estudantes e profissionais de diversas áreas, reunindo-se freqüentemente para discutir e promover o debate em relação à política de redução de danos em nosso estado, acentuando os usuários de drogas, além de se fazer presente em diversos encontros, seminários e conferências para discutir abertamente um assunto tão importante para nossa sociedade.

A marcha da maconha vem a ser nada mais do que um evento com o propósito de causar um impacto, ou seja, com esse evento sabemos que, diferentemente dos encontros aos quais estivemos, a mídia e a população têm maior oportunidade de conhecer nosso grupo e receber informações sobre um poder paralelo, sobre o que se tem por trás do tráfico, em especial da maconha, do porque algumas autoridades insistem em jogar o assunto para debaixo do tapete, tentando apagar qualquer chance de discutir sobre algo tão sério.

A MARCHA DA MACONHA, NÃO É UM EVENTO PRÓ-MACONHA ONDE IRÁ INCENTIVAR OU APROVAR O USO DESSA DROGA, E SIM DISCUTIR FORMAS EM REDUZIR OS DANOS CAUSADOS POR ELA, ALGO QUE NOSSAS “AUTORIDADES” NÃO CONSEGUIRAM ATÉ HOJE!
SERÁ QUE É POR FALTA DE COMPETÊNCIA OU EXCESSO DE CORRUPÇÃO?


Apesar de nunca ter dialogado conosco, o vereador Geraldo Amorim entrou no Ministério Público pedindo proibição da marcha, acusando os organizadores de estarem envolvidos com o tráfico. Lembrando que nosso coletivo está vendendo camisas e canetas do movimento, onde o lucro arrecadado é quem financia a marcha, diferentemente das falsas acusações feitas. O Ministério Público, acatando o pedido do vereador, encaminhou para o juiz uma liminar pedindo que fosse proibido qualquer evento na Paraíba que discuta sobre a legalização da maconha. Com isso, SE o juiz acatar esse pedido, terão que prender o ex- presidente da república FHC, o governador do RJ, a UNE, a ABORDA (Assossiação Brasileira de Redutores de Danos), dentre outras várias entidades e pessoas que debatem sobre o assunto.

Convidamos a sociedade, para discutir abertamente sobre a proibição da maconha, expondo o uso medicinal da planta, como está sendo nos EUA, Argentina, e maioria da Europa.
A marcha da maconha 2009 está judicialmente autorizada no Rio de Janeiro, quem sabe quando chegarmos à mesma situação de violência do RJ seremos escutados pela população.



Coletivo Paraibano Marcha da Maconha
http://marchajp.blogspot.com
IARD PB (Instituto de Apoio a Redução de Danos)
http://iard-pb.blogspot.com
ABORDA (Associação Brasileira Redutores de Danos)
http://www.abordabrasil.org
UNE (União Nacional dos Estudantes)
http://www.une.org.br

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Camisas e Cinzeiros

Captação de Recursos para Promoção e Realização da Marcha da Maconha João Pessoa 2009



CAMISA OFICIAL MARCHA DA MACONHA 2009 JOÃO PESSOA
R$15



CINZEIRO MARCHA DA MACONHA
R$ 3

terça-feira, 7 de abril de 2009

Camara dia 7

Ontem dia 7 de Abril supostamente haveria uma sessão extraordinaria na camara para tratar do tema da marcha, bem como politicas publicas sobre drogas e redução de danos. O coletivo se reuniu pela manhã na camara, onde pode ler para os reporters a nota publicada em resposta as açoes do MP.

O grupo tambem fez um ato, visto que por ser uma sessão ordinaria não teria-se a chance de falar, levamos para a frente cartazes e mordaças em um minuto de protesto silencioso na camara.

Feito isso o vereador geraldo amorim em seguida nos comenta sobre a mudança na data da sessão que teria sido ontem para o dia 17 do mesmo mes.

É legal que estiver lendo isso ir lá e participar conosco!
Dia 17 na Camara!

Marcha vai até o MInistério Público

Na ultima segunda feira o coletivo mmjp se encontrou com a promotora Janete Ismael.

La apresentamos a proposta do grupo, de estar levando o debate sobre drogas em diversos espaços com a relaização de GT´s nas universidades por exemplo. Discutimos a respeito da problematica atual que o mundo enfrenta com o dominio do narcotrafico e apresentamos a promotora a proposta da redução de danos, onde esteve presente um membro da ABORDA, associação brasileira de redutores de danos, e pode desmistificar o tema com louvor.

Falamos da marcha da maconha se tratar de um movimento que segue a logica da redução de danos, e indagamos sobre s posição do MP da PB. A promotora, sem muitos argumentos, apenas colocou que o MP está ali para fazer valer a vontade da socieade, e que a discussão a respeito do tema não era adequada..

Valeu a pena por que mais uma vez o coletivo se mostrou interessado em fazer tudo na legalidade.

domingo, 5 de abril de 2009

Coletivo Marcha da Maconha Brasil: Apologia ao crime ou à Democracia?

Por,
Edward MacRae - Coordenador do GIESP, Prof. Associado da FFCH / UFBA e
Sergio Vidal - Coordenador da Ananda
(Orgs. da edição Salvador da Marcha da Maconha)


Atualmente costuma-se considerar o Brasil como sendo um Estado Democrático de Direito. Mas diante dos recentes fatos envolvendo o Coletivo Marcha da Maconha Brasil e indivíduos e instituições que buscam reprimir essa iniciativa devemos nos questionar se essa condição anunciada publicamente na Constituição do país se aplica de forma igualitária para todos os cidadãos e os seus direitos.

Sabemos que fumar, plantar ou portar maconha, mesmo para consumo próprio ainda é crime. Mesmo que, pela nova legislação, para o usuário a pena não seja mais a da restrição de liberdade, continua sendo crime qualquer uma dessas condutas. No entanto, a organização social e política para lutar por mudanças nas leis e políticas públicas que regem tais comportamentos, assim como quaisquer outros que estejam na ilicitude, não é crime e sim um direito. Todo cidadão tem direito a expressar livremente suas opiniões e a dialogar com os legisladores, outras autoridades e com a sociedade em geral para buscar mudanças que considere pertinentes para tornar o Brasil um país melhor.

No dia 20 de abril de 2008, 5 membros do Coletivo foram detidos no Rio de Janeiro e autuados por apologia ao crime. Esse fato dá prosseguimento ao processo de repressão ao debate que se iniciou com a proibição da exibição do vídeo “Grass – a verdadeira história da proibição da maconha”, na UFMG.-Ressalte-se que esse vídeo, produzido pela revista “Super Interessante”, esteve por um longo período a venda nas bancas de jornal de todo o país.- Apesar de parecer que no momento essa repressão está se concentrando em Minas, na Paraíba e no Rio de Janeiro, sempre corremos o risco de algo assim se alastrar, já que, além dessas, diversas outras iniciativas do gênero têm surgido a partir de indivíduos e instituições que procuram censurar o debate em torno da mudança das Leis e Políticas Públicas sobre drogas.

É lamentável que num país que se afirma um Estado Democrático, laico e que assegura o direito à livre expressão ocorra esse tipo de repressão. Diversos outros movimentos sociais se organizam em torno de reivindicações por mudanças em Leis e Políticas Públicas, ainda que muitas das questões debatidas envolvam condutas ilegais ou consideradas por muitos como imorais, como por exemplo, as discussões em torno da regulamentação da prostituição, da união civil homossexual ou do aborto. Recentemente ocorreram mudanças nas Leis e Políticas sobre bebidas alcoólicas que torna a propaganda desses produtos crime, e ainda assim as indústrias de bebidas e agências publicitárias têm pressionado, até mesmo com anúncios televisivos, para que tais mudanças não sejam colocadas em prática.

Numa Democracia, todas as questões que envolvam a vida em sociedade devem ser debatidas e decididas de forma que as leis e políticas possam ser construídas e aplicadas de forma transparente, justa, eficaz e pragmática, respeitando a cidadania e os Direitos Humanos. Reprimir o debate é a apenas um reflexo da forma autoritária e pouco eficiente com o qual o Estado está tratando atualmente as discussões sobre o uso de maconha no Brasil. Os organizadores da Marcha da Maconha Brasil não são culpados pelo uso da planta no país, nem pelas conseqüências negativas como as violências que a desorganização do mercado de produtos dessa planta, devida grandemente ao seu status ilícito, possa causar à sociedade em geral. Ao contrário, esse tipo de manifestação é um sintoma que revela de forma ainda mais aguda que a maneira como a questão vem sendo tratada não é adequada à realidade que pretende regular.

A Marcha da Maconha Brasil não é um evento de cunho apologético, nem seus organizadores incentivam o uso de maconha ou de qualquer outra substância ilícita ou lícita, nem a prática de qualquer crime. O Coletivo Marcha da Maconha Brasil respeita as Leis e a Constituição do país e procura respeitar não só o direito à livre manifestação de idéias e opiniões, mas também os limites legais desse e de outros direitos civis.

O objetivo do Coletivo é possibilitar que todos os cidadãos brasileiros possam se manifestar de forma livre e democrática a respeito das políticas e leis sobre drogas do país, ajudando a fazer do Brasil um verdadeiro Estado Democrático de Direito. Realizar esse tipo de trabalho não é crime, muito menos apologia ao crime, ao contrário, é um direito constitucional cujo Estado Brasileiro deve se esforçar em garantir aos seus cidadãos, protegendo-os de qualquer tipo de ingerência, ainda mais daquelas de caráter repressor e autoritário.

Não é a Marcha da Maconha o que atinge de forma nefasta a Democracia Brasileira, e sim comportamentos de censura, autoritarismo e abuso de poder.

Fonte: Bia Labate
URL: http://www.bialabate.net/news/coletivo-marcha-da-maconha-brasil-apologia-ao-crime-ou-a-democracia

sábado, 4 de abril de 2009

Nota oficial do Coletivo Marcha da Maconha Brasil

A tentativa do Ministério Público do Estado da Paraíba de proibir a edição da Marcha da Maconha em João Pessoa é um ataque frontal às liberdades democráticas e merece o mais enérgico repúdio de todas as forças progressistas da sociedade.

Não será através da censura e da repressão que os setores autoritários e liberticidas de plantão calarão a nossa voz. O que coloca na agenda política internacional o debate sobre a legalização da maconha é o evidente fracasso da política proibicionista vigente, que só conseguiu alimentar a violência e a corrupção.

O Coletivo Marcha da Maconha Brasil reafirma que o movimento tem como objetivo levantar a bandeira da legalização da cannabis e não incentivar o seu uso ou de qualquer outra substância, legal ou ilegal. Qualquer um que visite o nosso sítio eletrônico www.marchadamaconha.org pode constatar que isso é evidente. Também rejeitamos a pecha do anonimato, acusação mentirosa que nos é feita. Os organizadores da Marcha em cada cidade fazem o seu trabalho militante de forma aberta e transparente e assim continuarão a fazer.

Informamos ainda que serão adotadas as medidas jurídicas cabíveis, para garantir em todo o território nacional o exercício de nossa liberdade de manifestação e de expressão, direito constitucional fundamental do qual não abriremos mão em nenhuma hipótese.