sábado, 31 de julho de 2010

Marcha da Maconha em Natal


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Centenas de pessoas se reuniram na tarde desta sexta-feira (30) em Natal para pedir a legalização da maconha. Em passeata batizada como Marcha da Maconha, os manifestantes percorreram um trecho de cerca de um quilômetro dentro do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde ocorre, nesta semana, a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). (Foto: Iberê Thenório/G1)
Mais de 500 pessoas marcaram presença na Marcha da Maconha do Rio Grande do Norte, na tarde desta sexta-feira (30). A movimentação ocorreu com tranquilidade no Campus da UFRN e seguiu em marcha por todo o campus, com encerramento em frente a reitoria. De acordo com os organizadores, o evento teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para a questão da descriminalização da maconha.

O protesto vem sendo amplamente divulgado nas redes sociais e conta com blog (www.marchadamaconha.org), twitter (@marchamaconharn) e comunidade no orkut (Marcha da Maconha Natal 2010). Em um cartaz de divulgação está]ava estampada a frase: "O álcool e o tabaco, conforme o ranking das drogas mais perigosas estão em quinto e nono lugares, respectivamente; a maconha está em 11º, qual o motivo deles serem legalizados e a maconha não?".

Marcha da Maconha reúne 500 pessoas no campus

JORNAL TRIBUNA DO NORTE
Pacífica. Foi assim a 1º Marcha da Maconha realizada no Rio Grande do Norte. O evento ocorreu no final da tarde de ontem, na praça Cívica  da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, durante a XVI Cientec - Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura e da 62ª Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizada na  Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Mais de 500 pessoas participaram do movimento. A caminhada começou às 16h40 e terminou às 17h45 em frente à reitoria da universidade. Com o objetivo de descriminalizar a maconha, o manifesto aconteceu em clima de paz. Além da Polícia Militar, agentes da Polícia Civil descaracterizados estiveram na marcha. O helicóptero Potiguar I,  da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social sobrevoou a região. Não houve confusões, prisões ou apreensões. 

Sorridentes e com a certeza de que o movimento é importante jovens, adultos e até representantes da melhor idade participaram da movimentação. Um dos cartazes que mais chamou a atenção foi do jornalista Alex de Souza. “Fume orégano”. “Para não fazer apologia à maconha faço à culinária”, disse.

Despojada, a estudante de biologia da UFRN Lana Silveira, 20, usava um colar onde o pingente era uma folha grande da erva. A jovem afirmou ser usuária e disse que os pais também aprovam a legalização da maconha no Brasil. “As pessoas que são contra nem sabem porque são. A proibição gera violência”, argumenta.

Antônio Santos, funcionário público faz uma comparação com o presidente da República. “Se o Lula pode beber, cair e levantar, qual o problema da legalização da maconha? O álcool mata mais”, acredita.   

O estudante de cursinho Tauã da Cunha, 18 diz que não é usuário, mas que apoia a causa. “É uma movimentação de cunho social. A legalidade quebra as pernas dos traficantes”.

O tenente coronel Alarico Azevedo subcomandante do policiamento metropolitano enfatizou que não houve aumento de efetivo durante a Marcha da Maconha. “Nosso efetivo está trabalhando normalmente. É uma democracia. Só não podemos permitir o consumo ou a venda da droga, mas todos têm o direito de ir e vir”. E, foi exatamente isso que aconteceu. Cada um se expressou da melhor maneira, sem ultrapassar limites. Grafiteiros também participaram do evento. Membros do grupo Pau e Lata (projeto de educação musical)  estiveram presentes na manifestação e tocaram para os participantes.

Para uma das coordenadoras da marcha, Leilane Assunção, 29, doutoranda em Ciências Sociais, a proibição fortalece o crime.  A estudante enfoca que o maior  problema é o preconceito. “Há estudos que mostram que não existe danos ao cérebro para quem usa maconha”.

Leilane vai mais fundo e cita alguns exemplos: “jornalistas e artistas de um modo em geral. A vanguarda intelectual usa a erva”.

A estudante disse ainda que é usuária de maconha e que começou a usufruir da erva após a fase adulta. “Reconhecemos a existência de  um grupo de risco. Não estamos entregando panfletos para adolescentes, pois eles ainda estão com os pulmões em formação. Não estão prontos para tanta combustão”.    

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